quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Apropriação do Espaço

               A  Apropriação do Espaço  pode ser dada de diversas maneiras, dentre elas estão o Parkour, a Deriva, o Flaneur, os Rolezinhos, Flash mob e o Skateboarding, além do termo geral, performance. Essas ações serão citadas abaixo juntamente com uma breve explicação.

            Parkour: No fim dos anos 80 e inicio dos asnos 90, o francês David Belle se inspirou na disciplina militar de treinamento Parcours Du Combattant para seu próprio treinamento, utilizando dos espaços públicos para esse fim, porém a sociedade como um todo acabou aderindo a essa prática, repercutindo mundialmente.
            Atualmente o parkour se tornou algo muito mais corriqueiro e diversificado já que não é necessário nenhum equipamento além do próprio espaço, se utilizando de estruturas já produzidas, as dando novas funcionalidades.
            Deriva: Como o nome já explica, a deriva se trata de vagar, sem um destino especifico. Isso exprime a ideia de percorrer um local para reconhecer a área onde se encontra e assim observar e analisar todo o espaço que o cerca (o que, na vida agitada, seria impossível).
            Esse procedimento tenta entender o psicológico humano a partir de suas ações e escolha no meio. Ele tenta mostrar através das escolhas programáticas do homem como esse se relaciona com o espaço e cria laços de pertencimento e afeição, superando o conceito de território estático e percebendo as mais diversas inconstâncias e diversidades das relações sociais.
             Flaneur: Esse conceito acaba sendo bem parecido com a deriva. Flaneur significa vadio, andarilho, alguém que vaga sem um destino, com isso se torna um observador e conhecedor do espaço, um explorador urbano.
            Esse termo levou a preguiça a algo extremamente complexo e trabalhoso, a compreensão da paisagem da cidade e toda a sua variedade. O Flaneur acabou se tornando um detetive crítico do espaço urbano, refletindo tudo que ele apresentava.
            Rolezinhos: Gíria tipicamente brasileira para definir o encontro/passeio de grupos de amigos em lugares públicos-prívados. Esse tipo de evento causou diversas discussões a respeito a apropriação do espaço público e/ou públicos-prívados por classes mais baixas (as que eram vistas como participantes dos rolezinhos).
            Com todas essas discussões o rolezinho acabou se tornando uma espécie de manifestação a favor do direito de uso e apropriação do espaço público e/ou públicos-prívados pelas mais diversas classes, já que todos possuem esse direito, porém esses nem sempre são respeitados.
            Flash mob: Trata-se da junção de diversas pessoas para a realização de algo único em ressonância, normalmente apresentações de danças e coreografias, mas também podendo ser visto como uma espécie de manifestação. Já requere um grande espaço físico (envolvendo muitas pessoas) essas mobilizações acabam sendo realizadas em espaços públicos, como praças e estações de metrô e trazem a ideia de algo, mesmo planejado, inusitado, inesperado e instantânea, levando o contraste entre algo inconstante e em movimento como a dança para uma cidade com prédios e estruturas solidas.
            Skateboarding: Segundo o arquiteto Iain Borden, incentivador do Skateboarding, as cidades já estão saturadas de lojas, shoppings, comércios e precárias em áreas de lazer, espaços que incentivem nossa criatividade.
            O Skateboarding é uma prática que critica exatamente isso, se relacionando com o espaço e a arquitetura, mostrando todos os potenciais socioculturais de uma cidade que não são aproveitados. Iain Borden afirma que o Skateboarding interliga diferentes pessoas em diferentes espaços e cria diferentes formas que conhecer, analisar e observar a cidade.

            Performance: Trata-se de representar algo, manifestar, fazer acontecer, passar uma ideia a aqueles que o ouvem, assistem, sentem ou interagem com sua performance. A performance pode se passar em qualquer espaço, desde dentro de uma sala de aula até praças e ruas. Ela pode possuir diversos tamanhos, diversas interpretações, diversas apropriações do espaço que ela ocupa. Ela é livre para combinar o que ela quiser para retratar a sua ideia, criticando ou não o espaço, ela se molda a partir de seu criador, executor e receptor, sendo eles pessoas ou espaços.

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Caderno Técnico - Final

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