A Apropriação do Espaço pode ser dada de diversas maneiras, dentre elas estão o Parkour, a Deriva, o Flaneur, os Rolezinhos, Flash mob e o Skateboarding, além do termo geral, performance. Essas ações serão citadas abaixo juntamente com uma breve explicação.
Parkour: No
fim dos anos 80 e inicio dos asnos 90, o francês David Belle se inspirou na disciplina
militar de treinamento Parcours Du Combattant
para seu próprio treinamento, utilizando dos espaços públicos para esse
fim, porém a sociedade como um todo acabou aderindo a essa prática,
repercutindo mundialmente.
Atualmente
o parkour se tornou algo muito mais corriqueiro e diversificado já que não é necessário
nenhum equipamento além do próprio espaço, se utilizando de estruturas já
produzidas, as dando novas funcionalidades.
Deriva:
Como o nome já explica, a deriva se trata de vagar, sem um destino especifico.
Isso exprime a ideia de percorrer um local para reconhecer a área onde se encontra
e assim observar e analisar todo o espaço que o cerca (o que, na vida agitada,
seria impossível).
Esse
procedimento tenta entender o psicológico humano a partir de suas ações e
escolha no meio. Ele tenta mostrar através das escolhas programáticas do homem
como esse se relaciona com o espaço e cria laços de pertencimento e afeição,
superando o conceito de território estático e percebendo as mais diversas inconstâncias
e diversidades das relações sociais.
Flaneur: Esse conceito acaba sendo
bem parecido com a deriva. Flaneur significa vadio, andarilho, alguém que vaga
sem um destino, com isso se torna um observador e conhecedor do espaço, um
explorador urbano.
Esse
termo levou a preguiça a algo extremamente complexo e trabalhoso, a compreensão
da paisagem da cidade e toda a sua variedade. O Flaneur acabou se tornando um detetive
crítico do espaço urbano, refletindo tudo que ele apresentava.
Rolezinhos: Gíria
tipicamente brasileira para definir o encontro/passeio de grupos de amigos em
lugares públicos-prívados. Esse tipo de evento causou diversas discussões a
respeito a apropriação do espaço público e/ou públicos-prívados por classes
mais baixas (as que eram vistas como participantes dos rolezinhos).
Com
todas essas discussões o rolezinho acabou se tornando uma espécie de
manifestação a favor do direito de uso e apropriação do espaço público e/ou públicos-prívados
pelas mais diversas classes, já que todos possuem esse direito, porém esses nem
sempre são respeitados.
Flash mob: Trata-se
da junção de diversas pessoas para a realização de algo único em ressonância,
normalmente apresentações de danças e coreografias, mas também podendo ser
visto como uma espécie de manifestação. Já requere um grande espaço físico (envolvendo
muitas pessoas) essas mobilizações acabam sendo realizadas em espaços públicos,
como praças e estações de metrô e trazem a ideia de algo, mesmo planejado, inusitado,
inesperado e instantânea, levando o contraste entre algo inconstante e em
movimento como a dança para uma cidade com prédios e estruturas solidas.
Skateboarding: Segundo
o arquiteto Iain Borden, incentivador do Skateboarding, as cidades já estão
saturadas de lojas, shoppings, comércios e precárias em áreas de lazer, espaços
que incentivem nossa criatividade.
O
Skateboarding é uma prática que critica exatamente isso, se relacionando com o
espaço e a arquitetura, mostrando todos os potenciais socioculturais de uma
cidade que não são aproveitados. Iain Borden afirma que o Skateboarding
interliga diferentes pessoas em diferentes espaços e cria diferentes formas que
conhecer, analisar e observar a cidade.
Performance:
Trata-se de representar algo, manifestar, fazer acontecer, passar uma ideia a
aqueles que o ouvem, assistem, sentem ou interagem com sua performance. A performance
pode se passar em qualquer espaço, desde dentro de uma sala de aula até praças
e ruas. Ela pode possuir diversos tamanhos, diversas interpretações, diversas apropriações
do espaço que ela ocupa. Ela é livre para combinar o que ela quiser para
retratar a sua ideia, criticando ou não o espaço, ela se molda a partir de seu
criador, executor e receptor, sendo eles pessoas ou espaços.
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